- Os salicilatos reduzem a respiração celular pela separação da fosforilação oxidativa → acidose metabólica por produção de ácido lático e cetoácidos por catabolismo anaeróbico e formação de corpos cetônicos no fígado.
- Estimulam os centros respiratórios na medula → alcalose respiratória primária.
- Altas doses agudas: > 3g em crianças e > 10-30g em adultos.
- Com superdosagem aguda, os sintomas iniciais são náuseas, vômitos, zumbidos e hiperventilação.
- Sintomas tardios compreendem febre, hiperatividade, confusão mental e convulsões.
- Se houver suspeita de intoxicação, deve-se medir os níveis séricos de salicilato (obtido a pelo menos poucas horas após a ingestão), pH urinário, eletrólitos, creatinina, glicemia, ureia e GSA. Dosam-se mioglobulina na urina e creatinoquinase (CK, creatine quinase) quando há suspeita de rabdomiólise.
- Gasometria Arterial: vários padrões podem ser encontrados
- Alcalose respiratória
- Acidose metabólica
- Distúrbio misto - Tratamento: carvão adivado e alcalinização da urina com KCl.
Pontos-chave
- A intoxicação por salicilato causa alcalose respiratória e, por um mecanismo independente, acidose metabólica.
- Considerar intoxicação por salicilato nos pacientes com achados inespecíficos (p. ex., alteração do estado mental, acidose metabólica, edema pulmonar não cardiogênico, febre), mesmo quando não houver história de ingestão.
- Estimar a gravidade da intoxicação pelo nível de salicilato e pela gasometria arterial.
- O tratamento é feito com carvão ativado e diurese alcalina ou KCI extra.
- Considerar hemodiálise se a intoxicação for grave.
0 comentários:
Postar um comentário