Clínica#02 - Intoxicação por Salicilatos

fevereiro 15, 2018 Posted by Laura M. , No comments
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  • Os salicilatos reduzem a respiração celular pela separação da fosforilação oxidativa → acidose metabólica por produção de ácido lático e cetoácidos por catabolismo anaeróbico e formação de corpos cetônicos no fígado.
  • Estimulam os centros respiratórios na medula → alcalose respiratória primária.
  • Altas doses agudas: > 3g em crianças e > 10-30g em adultos.
  • Com superdosagem aguda, os sintomas iniciais são náuseas, vômitos, zumbidos e hiperventilação.
  • Sintomas tardios compreendem febre, hiperatividade, confusão mental e convulsões.
  • Se houver suspeita de intoxicação, deve-se medir os níveis séricos de salicilato (obtido a pelo menos poucas horas após a ingestão), pH urinário, eletrólitos, creatinina, glicemia, ureia e GSA. Dosam-se mioglobulina na urina e creatinoquinase (CK, creatine quinase) quando há suspeita de rabdomiólise.
  • Gasometria Arterial: vários padrões podem ser encontrados
     - Alcalose respiratória
    - Acidose metabólica
    - Distúrbio misto
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  • Tratamento: carvão adivado e alcalinização da urina com KCl.

Pontos-chave

  • A intoxicação por salicilato causa alcalose respiratória e, por um mecanismo independente, acidose metabólica.
  • Considerar intoxicação por salicilato nos pacientes com achados inespecíficos (p. ex., alteração do estado mental, acidose metabólica, edema pulmonar não cardiogênico, febre), mesmo quando não houver história de ingestão.
  • Estimar a gravidade da intoxicação pelo nível de salicilato e pela gasometria arterial.
  • O tratamento é feito com carvão ativado e diurese alcalina ou KCI extra.
  • Considerar hemodiálise se a intoxicação for grave.

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