- Quadro Clínico: Episódios súbitos de fraqueza
muscular ou paralisia flácida de um ou mais músculos,
afetando especialmente os membros inferiores, mas
podendo ser generalizada, com duração de horas a dias e
sendo o quadro associado a níveis séricos de potássio baixos.
- Doença genética hereditária autossômica dominante
- Fisiopatologia: mutações no gene CACNA1S do canal de cálcio voltagem-dependente.
- Os ataques surgem geralmente no início da segunda
década de vida.
- Existem fatores precipitantes
envolvidos, sendo os mais comuns o repouso após
exercício físico, estresse e refeições com alto teor de carboidratos.
- Exame neurológico: Paresia e abolição dos reflexos tendinosos.
- Alguns pacientes desenvolvem fraqueza muscular permanente,
a qual afeta principalmente os membros inferiores.
- É importante a investigação de sintomas,
sinais e exames laboratoriais que permitam o diagnóstico
de hipertireoidismo a fim de auxiliar na distinção entre PPH
e paralisia periódica tirotóxica (PPT).
- Diagnósticos diferenciais principais: A PPT, juntamente
com paralisia normo e hipercalêmica, síndrome de
Andersen-Tawil e hipocalemia causada por ingesta reduzida
de potássio, excreção renal aumentada ou perda pelo trato
gastrintestinal, são os quatro principais diagnósticos diferenciais
da PPH.
- O tratamento dos episódios de PPH compreende o uso de
cloreto de potássio, via oral ou intravenosa.
- Medidas preventivas
para as crises: aderência a uma dieta balanceada com
baixo teor de carboidratos, exercícios físicos leves e regulares e
uso de potássio, quando o paciente pressente o episódio, para
prevenir ou abortar ataques.
- Em conclusão: a PPH é uma entidade rara, mas que pode
ser fatal se não reconhecida e tratada adequadamente. O
episódio agudo deve ser tratado com suplementação de
potássio e o tratamento a longo prazo inclui uma série de
medidas para prevenir as crises.
Fontes:
http://www.amrigs.org.br/revista/54-03/016-517_paralisia%20periodica.pdf
MSD MANUAL PROFISSIONAL